Trabalhos Desenvolvidos

4 de novembro de 2010

Lançamento e sessão de autógrafos da Modelo de Nuvem Editora





A editora Modelo de Nuvem nasce de uma demanda e de uma impossibilidade, com o intuito de publicar obras de autores locais e de outros cantos do mundo. O objetivo é abrir espaço para poesia, prosa de ficção, quadrinhos, livros de artista, traduções de obras inéditas no Brasil, além de produções acadêmicas – sejam elas científicas, filosóficas ou críticas de autores que atuam no limbo da carência editorial. 

Nesse segundo ano de existência, a editora publica três títulos, coerente com sua proposta de trazer poesia, prosa de ficção e artes visuais (Eu vou conseguir ficar na aula, de Nana Corte; História de não acontecer, de Reges Schwaab; Ode Paranoide, de Marco de Menezes), e ainda a obra de ensaios críticos de Kelvin Falcão Klein, Conversas Apócrifas com Enrique Vila-Matas, que será lançado em novembro/2010.

Segundo os editores Camila Cornutti, Cristian Marques e Marco de Menezes, “um guarda-chuva é um modelo de nuvem. Assim como a própria chuva, assim como o gelo, a neve, uma xícara de chá, uma piscina de plástico, a transpiração de uma fruta, a água que se usa na construção de alicerces, a água que observa a ponte, a lágrima de um cão, os lagos de um satélite recôndito, o gelo dos cometas. E como todo guarda-chuva, tem a função de abrigar, mas também de ser perdido (quem nunca esqueceu um guarda-chuva?). Queremos que a editora seja isso: que abrigue os seus autores, que os dê uma ca(u)sa, e que, uma vez deixados como guarda-chuvas fechados, sejam descobertos pelos leitores, os quais queremos mais e mais exigentes e críticos. E nessa ca(u)sa o processo seletivo de nossas publicações começa e prima pelo rigor da qualidade dos textos, dos nossos projetos gráficos, traduções, ilustrações e tratamento editorial. O guarda-chuva é também um signo desta terra de neblinas, névoas, geadas e temporais. Que outros modelos podemos vir a enxergar neste céu? Hipopótamos, árvores, sorvetes, sapatos, bolas de futebol? A Modelo de Nuvem se prepara para esta miríade de imagens que o horizonte pode nos desvelar”. 

Mais informações www.modelodenuvem.com.br


EU VOU CONSEGUIR FICAR NA AULA


 DE NANA CORTE, com ilustrações de Adão Iturrusgarai
 
Nana Corte, além de artista plástica, é professora há mais de 25 anos. Com sua experiência de sala de aula pode vivenciar inúmeras situações que, ao longo do tempo, foram lhe mostrando o quanto o projeto de sistema educacional no Brasil, apesar dos professores e dos alunos, é opressor e pesado para as crianças e adolescentes (e também para os próprios professores).
A escola, ao contrário do que deveria ser, torna-se um ambiente que tolhe a capacidade imaginativa dos jovens e os reprime de maneira constante. Nana, com sua ironia e humor finos, aponta estratégias para se conseguir ficar em sala de aula. Com as ilustrações de Adão Iturrusgarai - criador de Aline e de vários personagens que são publicados em grandes veículos, como Folha de São Paulo - este livro mostra quais são os estratagemas inventados de forma recorrente e bem humorada pelos alunos como último recurso possível para poder se suportar a tradicional sala de aula.

HISTÓRIA DE NÃO ACONTECER

DE REGES SCHWAAB
 
 “História de não acontecer” é o primeiro livro de Reges Schwaab e é, também, o texto que inaugura a coleção de prosa de ficção da editora Modelo de Nuvem. REGES SCHWAAB nasceu em 1980, em Porto Xavier/RS. É jornalista. Atualmente mora em Porto Alegre, onde faz doutorado em Comunicação, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Antes, trabalhou por seis anos em rádio. História de Não acontecer é sua estreia na literatura. Mais em http://errudito.blogspot.com.
Nesta estreia, Reges traz uma narrativa de formas breves estruturada com rigor e com poética singular, que trata da solidão do indivíduo e da composição da alteridade, aproximando-se de autores contemporâneos como Alessandro Barico e Gonçalo M. Tavares.


ODE PARANOIDE


DE MARCO DE MENEZES (poesia) e MARINA POLIDORO (Ilustrações)


Marco, poeta, e Marina, artista plástica. Neste projeto conjunto os dois autores se aliam para tratar da impostura com que as cenas sociais são engendradas, em particular as relações – autoritárias – antepostas à valoração moral do cotidiano e da impermanência das coisas, indo buscar na infância material de poesia e confrontação. 
A poesia de Marco de Menezes (em seu quarto livro) e as imagens de Marina Polidoro, ao mesmo tempo fortes e delicadas, dialogam em projeto que expõe algo da violência e do lirismo do cotidiano. A abordagem de ambos se apresenta de modo que palavra e composição visual constituem texturas, fragmentos e sobreposições – que tentam dar conta de aspectos sombrios e obscuros do ser, inerentes à condição humana.


Nenhum comentário:

Postar um comentário